1 - Em sala
de aula, jogo de argolas.
2
- Pagar contas no Banco
3
- Receita
4
- horas no relógio
5 – Medidas corporais
JOGO DE
ARGOLAS – DIVERTIMENTO OPERAÇÕES DE ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Faixa etária: a partir de 08 anos
Material:
ü 10 garrafas
pet contendo números positivos e negativos.
ü Papel crepom
colorido
ü Cola
ü Areia
ü Papel
cartão para fazer as argolas
Modo de fazer:
Coloque uma porção de areia no fundo da
garrafa, isto vai dar peso nas garrafas para que elas não caiam por qualquer
motivo, corte o papel crepom em tiras e coloque uma cor em cada garrafa, feche
a garrafa.
Corte o papel cartão em formato de argola
do tamanho que se encaixe na garrafa.
Imprima no computador números de 1 ao 9, sendo,
1, 2, 3, 4,5 negativos e 6, 7, 8, 9,0 positivos, ou fazer no papel cartão os
números e colar em cada garrafa.
Estratégias e recursos da aula
ü Ambiente 1 / sala de aula
ü Preparação do
ambiente
Duração das atividades
ü 2 aulas
Objetivo Pedagógico:
ü Explorar as
operações adição e subtração.
ü Cálculo
mental.
ü Incentivar
o trabalho em equipe.
Regras do
jogo:
ü O grupo é
divido em equipes (2 a 5 equipes).
ü Cada equipe
lança as argolas tentando laçar as garrafas.
ü Os números
positivos sugere adição e os números negativos sugere subtração, os resultados
das operações indicarão a pontuação obtida quando laçada a Garrafa.
ü As equipes
marcam em um painel os pontos obtidos em cada rodada.
ü O número de
rodadas é determinado pelas equipes no início da partida.
ü Vence a
equipe que conseguir maior pontuação.
Jogo de argolas momento descontração e saber.
O objetivo inicial do jogo de
argolas é o trabalho em equipe. A confecção do jogo faz com que as crianças,
permitam momentos de comunicação e de construção de informações compartilhadas.
Esse jogo desenvolve a
percepção viso-motor e auxilia as crianças a identificar cores, bem como a
relação número/quantidade, classificação e correspondência.
O
jogo também favorece a construção do conhecimento lógico-matematico, força a
memorização e treina as contas de adição e subtração.
O jogo de argolas estimula a coordenação
motora e a competição entre os jogadores, ao jogar o aluno é levado a exercitar
suas habilidades mentais e a buscar melhores resultados,
através deste jogo o educando
faz com que a aprendizagem se torne interessante e prazerosa.
Jogos de regra
possibilitam a aproximação da criança com conhecimentos matemáticos e
incentivam-na a desenvolver estratégias de resolução de problemas.
Conclusão
Esse jogo desenvolve a percepção
viso-motor e auxilia as crianças a identificar cores, bem como a relação
número/quantidade, classificação e correspondência. Jogos de regra possibilitam
a aproximação da criança com conhecimentos matemáticos e incentivam-na a
desenvolver estratégias
de resolução de problemas.
Nesta aula incentivamos o trabalho em equipe na confecção e na prática
do jogo, o cálculo mental e a coordenação motora.
Resenha: A Criança e o Número de Constance
Kamii
No livro A Criança e o Número de
Constance Kamii, ela nos convida a compreender o significado dos conceitos
matemáticos com fundamentos nas teorias de Jean Piaget, apresentando de maneira
bem simples e abrangente como a criança começa o processo de construção dos
números. Esta compreensão poderá ajudar o professor a entender onde o aluno tem
mais dificuldade na aprendizagem da matemática. Ela nos esclarece que as
crianças de quatro anos acreditam que uma determinada quantidade de objetos se
altera em função da disposição destes numa superfície. Por exemplo, se uma
professora coloca oito pedaços de isopor enfileirados e entregam outros oito
pedaços para a criança enfileirar, a tendência é que a criança os disponha de
forma mais espaçada e que, por causa desse espaçamento, acredite ter
enfileirado mais pedaços.
De acordo com Piaget, o conhecimento se dá
em três níveis: o conhecimento físico, conhecimento lógico matemático e
conhecimento social. O conhecimento físico é aquele ligado ao mundo concreto,
ou observável dos objetos, desse modo o professor deve explorar as atividades
matemáticas que trabalham com as propriedades físicas como o peso e a cor. O
conhecimento lógico-matemático se desenvolve através das relações mentais com o
objeto. As noções de igualdade, comparação, quantidade, classificação são
exemplos de conhecimento lógico matemático. Desse modo, a criança progride no
desenvolvimento do conhecimento e começa a construir individualmente a noção de
número, a partir dos tipos de relações dela com os objetos. O conhecimento
social que é o mesmo conhecimento cultural. O conhecimento físico precisa
ser aplicado um pensamento lógico-matemático e as atitudes consistem no
conhecimento social. Piaget afirma que a construção do conhecimento se dá
através de fontes externas e internas. Enquanto o conhecimento físico e o
conhecimento social se processam fora do sujeito, o conhecimento
lógico-matemático se dá no interior do indivíduo, ou seja, na mente. As crianças desenvolverão o conhecimento de número que
implica no processo de desenvolvimento da autonomia intelectual. Como afirma
Kamii. A autonomia é a finalidade da educação para o construtivismo, portanto o
educando não deve ser ensinado através de métodos tradicionais, como
memorização, sinais de aprovação ou desaprovação do professor, a autonomia é
indissociavelmente social, moral e intelectual, isso significa levar em
consideração o pensar autônomo e critico, e o papel do professor deve ser de
desenvolver na criança a atitude consciente e não deve inserir no educando
a dependência de seguir normas sem contestá-las, uma ação sistematizada
coordenada pelo adulto á repressão.
O sucesso
escolar depende muito da habilidade de pensar autônomo e
criticamente da perspectiva de vida em grupo. Assim, o objetivo
para ensinar o número é o da construção que a criança faz a sua maneira,
incluindo a quantificação de objetos e inevitavelmente ela consegue construir o
número. Kamii diz que o meio ambiente pode indiretamente facilitar o
desenvolvimento do raciocínio-lógico, ou pode retardar, isso se dá nas
diferenças interculturais e socioeconômicas. Na teoria piagetiana, há uma
diferença entre os símbolos e os signos.
Para Piaget, o desenvolvimento da autonomia deve estar no
centro de qualquer proposta educativa. Autonomia é o ato de ser governado por
si próprio, o oposto de heteronomia que significa ser governado por outra
pessoa. É muito importante destacar que a autonomia é indissociavelmente
social, moral e intelectual. Portando o conceito de números não pode ser
“ensinado” às crianças pela via da apresentação e repetição desse conceito pelo
professor. Elas precisam construir estruturas mentais para abarcar esse
conceito e a melhor forma de fazer isso é estimulando-as a colocar todas as
coisas em todos os tipos de relações.
O conceito de número ainda está se
formando nas crianças, e estes conceitos não podem ser ensinados, mas sim construído,
elas devem ser encorajadas a pensar
sobre os números, relacionar e interagir com autonomia utilizando os conceitos
já trazidos da sua vida para dentro do ambiente escolar e fazendo novas
relações.
A autora elaborou seis princípios de ensino, sob três
títulos que servem para orientar o trabalho com matemática, e assim ser à base
da prática pedagógica com as crianças.
O primeiro título
é encorajar a criança a estar alerta e colocar todos os tipos de objetos,
eventos e ações em todas as espécies de relações, e, portanto considera-se este
o objetivo mais importante para os educadores, pois a criança que pensa
ativamente na sua vida diária, pensa sobre muitas coisas simultaneamente, e o
professor têm um papel crucial de indiretamente encorajar a autonomia de
pensamento, principalmente quando há uma situação de conflitos, onde a criança
pode desenvolver a mobilidade e coerência do pensamento, ou seja, raciocinar
logicamente, inventar argumentos que façam sentido e sejam convincentes, no
entanto existem crianças que não são de alguma forma envolvidas em situação com
enorme quantidade de relações ou situações, agem passivamente, pois são
forçadas a se submeterem a obediência, mas com a intervenção do professor ele
pode promover ou impedir o pensamento da criança.
O segundo
principio focaliza em encorajar a criança a pensar sobre número e a
quantificação dos objetos, e do ponto de vista do desenvolvimento da criança em
relação à matemática, nessa idade entre quatro e seis anos elas se interessam
por contar e comparar quantidades, e quando observamos isso ficamos convencidos
que o pensamento numérico pode desenvolver naturalmente sem nenhum tipo de
lições artificiais, nas aulas de matemáticas que seguem métodos
tradicionalistas. Quando a professora encoraja a criança a quantificar
logicamente, a fazer conjuntos com objetos móveis, há uma diferença em ter a
contagem mecânica e a contagem escolhida pela criança para resolver um problema
real na sua própria maneira, uma vez que a criança constrói a lógica da
correspondência um-a-um por abstração reflexiva, dessa forma as atividades ou
exercícios tradicionais como as cartilhas, são completamente supérfluas.
O terceiro
princípio é a interação social com os colegas e professores, onde Piaget, em
suas pesquisas afirma ser importante a troca de ideias entre os colegas, e
comprovado que o choque de opiniões que surgem e os esforços para resolver
certas situações entre eles envolve a autonomia, a confiança e habilidades
matemáticas. Nos jogos, por exemplo, principalmente em grupo as crianças estão
mentalmente muito mais ativas e criticas e conseguem aprender a depender delas
mesmas para saber se o seu raciocínio está correto ou não. Ao afirmar
isso, não significa que o professor não interfira na construção do
conhecimento, ou se ausentar, mas permitir a autonomia intelectual. Na sala de
aula, o professor deve induzir o aluno a pensar numericamente não com respostas
prontas, mas que o aluno reflita e faça sua própria construção, assim encorajar
a autonomia da criança, a criação de um ambiente material e escolar que
encoraje a autonomia e o pensamento, já que as relações são criadas
interiormente e instruídas por outra pessoa. Ele precisa criar condições para
relacionar objetos, relacionando-os, quantificando-os e interagindo
socialmente. O educador deve pensar sobre as contribuições pedagógicas dentro
do âmbito do número. O professor através da observação do comportamento da
criança deve estar atento não para corrigir a resposta, mas de descobrir como
foi que a criança fez o erro, assim ele pode corrigir o processo de
raciocino. .
Há inúmeras situações em sala de aula, para estimular o pensamento
numérico das crianças. O conhecimento matemático, é construído pelas crianças
dentro do contexto da mesma, então não adianta “ensinar” o conceito matemático
se não for através de situações que conduzam à
quantificação de objetos, de forma lúdica, como os jogos em grupo e a
vida diária. A quantificação constitui uma parte inevitável da vida diária, e
no trabalho com criança pequena essa tarefa de quantificação deve acontecer de
maneira natural e significativa. Alguns exemplos a ser citados que auxilia na
aprendizagem é a distribuição de materiais (divisão), na divisão e coletas dos
objetos (composição aditiva), no registro de informações, na arrumação da sala
(quantificação numérica). Os jogos também proporcionam condições de desenvolver
o pensamento lógico-matemático e começa a fazer representações, desenvolve as
estruturas mentais indispensáveis para a construção e conservação de números.
Com relação ao jogo como recurso para auxiliar a aprendizagem, Kamii
traz que a criança precisa ser encorajada na troca de ideias sobre como querem
jogar e mostra diversos modelos de jogos e brincadeiras que podem ser aproveitados
na aprendizagem da criança: dança das cadeiras, jogos com tabuleiros, jogos de
baralho, jogos com bolinha de gude, jogos da memória, etc.
O
jogo com alvos, como bolinhas de gude e o de boliche, é bom para a contagem de
objetos e a comparação de quantidades, o jogo de esconder envolve divisão de
conjuntos, adição e subtração, as corridas e brincadeiras de pegar, envolve
quantificação e ordenação de objetos.
Então se percebe que a inteligência desenvolve-se ao ser usado
ativamente e deve assim ser encorajado o pensamento, pois há inúmeras maneiras
naturais e indiretas para o professor estimular a criação de todos os tipos de
relações em ter espécies e eventos, e dentro de um quadro de referência
piagetiana, que pela abstração reflexiva se dá a construção de uma estrutura
numérica pela criança.
Deve-se ainda
respeitar os níveis de aprendizagem pela qual a criança passa.
-No
nível I a criança não consegue fazer um conjunto que tenha o mesmo número que
outro;
-No nível II ela já consegue fazer um
conjunto com o mesmo número, no entanto não consegue conservar a igualdade
numérica de dois conjuntos;
-No nível III ela já consegue conservar os
números. Já construiu uma estrutura
numérica que se tornou forte o suficiente para torná-la apta a ver objetos
numericamente, em vez de espacialmente.
Por ser uma colocação construtivista do
pensamento pigeatiano este livro é importante nas salas de aula podendo fazer
grandes mudanças na forma de ensinar o número para crianças. Kamii fez uma
grande reflexão sobre a criança e o número, com um grande conteúdo didático que
irão ajudar os educadores nesta tarefa de transmitir da melhor forma as aulas
de matemática de um modo mais atual.
Piaget mostra que
a criança não constrói o número, aprendendo a contar, memorizando, repetindo e
exercitando, pois a estrutura lógica matemática do número não pode ser
ensinada, ela é construída pela própria criança, dentro de seu contexto do
dia-a-dia de maneira natural e significativa, através de estímulos do
professor, resolvendo situações problemas, enfrentando situações de conflitos
que envolva diversos tipos de relações.
O professor
precisa levar em conta que a importância
das propostas de atividades
numéricas para encorajar as crianças a pensar sobre os números, interagir com
seus colegas e criar condições do sujeito fazer uso social da matemática,
também faz parte do aprendizado. Sabemos então que o que vai orientar o nosso
trabalho pedagógico na área do ensino da matemática são os interesses da
criança e as demandas de conteúdos que ela apresenta que deve estar dentro de
nossa pratica pedagógica.
Bibliografia
minhaspedagogias.blogspot.com/.../resumo-analitico-crianca-e-o.htm